De acordo com a Kaspersky Lab, a maioria dos utilizadores prefere palavras-passe fracas e fáceis de memorizar em detrimento de outras mais seguras e complexas
Hoje em dia acedemos diariamente às nossas contas online – para fazer transferências bancárias, pagamentos, compras, consultar a meteorologia ou pedir um táxi. A kaspersky Lab revelou o dilema que os portugueses enfrentam para protegerem as suas contas online.
Com o aumento da nossa dependência das contas online, o fabricante de cibersegurança descobriu que, cada vez mais, as pessoas enfrentam um dilema sobre como escolher as suas palavras-passe. Alguns utilizadores optam por palavras-passe fortes, diferentes para cada conta, de forma a garantir que estas não podem ser hackeadas, na sua maioria também difíceis de decorar. Outros escolhem palavras ou combinações fáceis de memorizar, de forma a simplificar a sua vida e a dos hackers também.
Palavras-passe fortes são difíceis de lembrar
De acordo a investigação, muitos dos consumidores compreendem a necessidade de ter palavras-passe fortes para proteger as suas contas. Quando inquiridos sobre qual das suas contas online requeria a password mais forte, 59% dos consumidores optaram pelas contas bancárias, 40% selecionaram aplicações de pagamento, enquanto 31% escolheram as compras online. No entanto, a complexidade destas palavras-passe faz com que, na maioria dos casos, os utilizadores não as decorem e acabem por não conseguir aceder às suas contas.
O estudo revela que a maioria dos utilizadores não conseguem restaurar rapidamente as palavras-passe, o que origina sentimentos de frustração por verem impossível levar a cabo as suas atividades quotidianas. Quando se trata de armazenamento de palavras-passe, 41% dos utilizadores guardam as suas palavras-passe de forma insegura, com 21% a recorrerem a blocos de notas para que não seja preciso recordá-las, tornando-se um risco de segurança.
Em resposta alternativa ao dilema das palavras-passe, e para evitar a frustração de ter de se lembrar de palavras longas, algumas pessoas desenvolveram o hábito de criar senhas pouco seguras. Por exemplo, 10% utilizam apenas uma palavra-passe para todas as contas, o que lhes permite viver online sem nunca ter de se preocupar em fazer login em conta alguma. Isto até um hacker descobrir essa palavra-passe e aceder a todas as contas, claro. Na verdade, 17% dos consumidores questionados pela Kaspersky Lab já enfrentaram uma ameaça, ou foram vítimas, de hacking nos últimos 12 meses. No topo das preocupações dos portugueses estão o acesso a: palavras-passe (50%), localização (46%) e por fim, informação financeira (38%).
De acordo com a Kaspersky Lab, os consumidores não têm de estar limitados a apenas duas opções. Não há sequer necessidade de um compromisso, como explica Andrei Mochola, diretor de Consumer Business na Kaspersky Lab: “Se as pessoas utilizam palavras-passe fortes de que se lembram, não só conseguirão aceder a tudo o que precisam, e quando precisam, mas a informação das próprias contas estará a salvo de hackers. Isto é importante para consumidores que só querem viver o seu dia-a-dia em segurança, permitindo-lhes, por exemplo, encontrar a informação de contacto de alguém, pesquisar o local específico de um encontro, vencer uma batalha no seu jogo favorito, verificar os seus emails ou encomendar alguma coisa que queiram, sem revelar quaisquer informações a hackers”.
Como decorar as palavras-passe pode ser complicado para grande parte dos utilizadores, Andrei Mochola recomenda uma terceira hipótese que garantem, segundo o responsável, “descanso aos consumidores – utilizar uma solução de gestão de palavras-passe que lhes permita ter palavras-passe fortes sem ter de as escrever no bloco de notas ou memorizar uma série de caracteres e símbolos difíceis”.
Fonte: http://www.itchannel.pt/news/seguranca/ciberseguranca-41-dos-utilizadores-tem-password-inseguras
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